Descarte de lixo industrial e eletrônico como fazer?

Um dos grandes problemas mundiais é a produção do lixo e, consequentemente, seu descarte. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente os brasileiros produzem cerca de 228 mil toneladas de lixo.

Ainda de acordo com o instituto, somente 2% de todo esse montante é descartado de forma correta. Entretanto, precisamos entender que a coleta de resíduos perigosos ou não perigosos adequada é importante para que o meio ambiente seja conservado e preservado.

Com relação ao descarte de resíduos é necessário lembrar que existem diversas categorias de lixo e essa clasificação é feita de acordo com a sua origem. São elas:

  • Industrial;
  • Hospitalar;
  • Domiciliar;
  • Eletrônico.

Nos dias de hoje duas categorias de origem de resíduos são as mais preocupantes que é a produção do lixo industrial e o lixo eletrônico, também conhecido como e-lixo ou sucata eletrônica.

No decorrer deste texto iremos falar sobre as formas de descarte correto do resíduo industrial e do lixo eletrônico.

Entendendo os resíduos industriais

O descarte correto de resíduos industriais é um ponto importante para qualquer plano de controle ambiental. Isso porque cada tipo de indústria produz um determinado resíduo e seu descarte correto também está relacionado ao item feito.

Mais ainda, ele traz impacto na proteção do meio ambiente e na saúde pública.

Além disso, caso a indústria não estabeleça uma política de descarte correto, pode sofrer sanções e implicações legais que podem atrapalhar o desenvolvimento do negócio.

É entendido como resíduo industrial todas as sobras de produção, com composições variadas, e nas quais não se podem descartar sem que haja um controle e elaboração de relatório ambiental preliminar pdf para saber os impactos do descarte, seja ele correto ou não.

Assim, iremos entender as categorias do resíduo industrial e as formas de descarte existentes.

1. Categorias de resíduos industriais

Como são variados os tipos de resíduos produzidos pelas indústrias, há uma classificação que foi elaborada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) descrita na NBR 10.004.

Há três classes de resíduos principais:

  1. Resíduos industriais de Classe I: São considerados perigosos e tem como características a inflamabilidade, toxicidade e corrosividade.
  2. Resíduos industriais de Classe II A: Resíduos considerados não inertes e possuem características de biodegradabilidade, combustão e solubilidade em água.
  3. Resíduos industriais de Classe II B: Resíduos não perigosos e inertes. São produtos que não contaminam a água.

2. Descarte de resíduos industriais

Há diversos tipos de procedimentos para que os resíduos industriais sejam descartados de forma correta. Muitos procedimentos são mais usados e conhecidos como o coprocessamento, incineração e aterramento.

Trataremos de forma mais detalhada alguns desses procedimentos:

  1. Coprocessamento: Procedimento que transforma os resíduos em combustível para fornos das indústrias cimenteiras. Com isso, o lixo é queimado e não gera gases poluentes.
  2. Incineração: É a queima de resíduos, mas só pode ser usado em resíduos de classe I.
  3. Aterramento: Muito usado nos resíduos classe I, consiste em enterrar o lixo em terrenos próprios, destinados ao lixo industrial.

Vale destacar ainda que cada município possui uma política sobre os aterramentos e demais processos de descarte.

O lixo eletrônico

A sucata de eletronicos ou e-lixo é uma categoria nova de resíduo devido ao avanço da tecnologia.

Estão entre os itens que podem ser considerados e-lixo pilhas, baterias, DVD’s, CD’s, telefones celulares, computadores e materiais com grande concentração de metais pesados.

Por conta do grande avanço da tecnologia e das características descartáveis dos aparelhos, ou seja o uso por um curto período, o volume desses resíduos tem aumentado significadamente.

Segundo a ONG Greenpeace, anualmente são produzidas cerca de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico no mundo, correspondendo à cerca de 5% de todo o resíduo produzido pela humanidade.

Por conta dessas características, o descarte desse lixo se torna bastante complicado.

De modo a minimizar o impacto desses materiais, diversos procedimentos e medidas alternativas vêm sendo adotadas como a venda de sucata eletronica, para aproveitamento.

Em alguns países já existe legislação para descarte do lixo. No Brasil, ainda não há uma legislação específica para eletrônicos, mas há para o descarte de pilhas e baterias.

As pilhas e baterias são recolhidas nos postos de recolhimento e entregues à unidades de reciclagem ou destruição.

Apesar de não haver legislação para além desses pontos que falamos no Brasil, um procedimento que vem sendo bastante utilizado para o descarte correto dos e-lixo é a logística reversa de eletrônicos.

A logística reversa consiste na separação dos componentes eletrônicos descartados e a anulação do efeito tóxico de alguns componentes.

Desse modo, eles são separados por função, tamanho e potencial de segurança no manuseio. Os mais acessíveis são reutilizados e outros são descaracterizados como eletrônicos, aproveita-se o máximo desses componentes e depois reciclando o restante. Esse procedimento se tronou muito eficiente.

Podemos notar que o descarte correto de resíduos industriais e de eletrônicos é essencial para conservação do meio ambiente.