Quais as melhores opções para tratamento de efluentes?

Se, há alguns anos, a sustentabilidade não era um assunto relevante para boa parte da sociedade, hoje isso mudou. Por conta de problemas como o aquecimento global, o aumento nos níveis dos oceanos e a extinção de espécies, a procura pelos serviços de empresas de tratamento de efluentes tem aumentado sensivelmente.

Um dos fatores por trás do crescimento dessa demanda é o fato de que a conscientização mudou a postura das pessoas enquanto consumidores: para elas, é fundamental que os estabelecimentos que lhes fornecem tanto produtos quanto serviços se preocupem em reduzir os impactos ambientais causados por suas atividades.

Isso, muitas vezes, exige o uso de técnicas e equipamentos para tratamento de efluentes.

Quer aprender mais a respeito disso? Então continue lendo o artigo e confira algumas técnicas usadas para fazer esse tratamento, de modo a minimizar o impacto que os efluentes terão sobre a natureza.

  1. Gradeamento

Por mais que boa parte das pessoas imagine que o principal problema dos resíduos industriais são os produtos químicos adicionados a eles, também é preciso levar em conta que nada impede a presença de resíduos sólidos nessas substâncias.

Tais partículas podem ser:

  • Pedras;

  • Folhas;

  • Galhos;

  • Aglomerações de produtos químicos.

Por conta disso, tanto no tratamento da agua quanto de efluentes, uma das primeiras medidas é a realização do gradeamento.

Como o seu próprio nome diz, essa etapa consiste em fazer com que o líquido passe por uma grade, que, por sua vez, atua como uma espécie de filtro.

Deste modo, toda e qualquer partícula sólida que esteja presente nele fica contida e, assim, não prejudica as demais etapas do processo.

  1. Flotação

Por mais eficiente que o gradeamento seja, ele também tem uma desvantagem considerável: ele não é capaz de reter partículas menores, que, em certas ocasiões, podem nem mesmo serem visíveis a olho nu.

Quando for esse o caso, é preciso que o processo de tratamento da agua tenha uma etapa complementar: a flotação.

Nela, usam-se bolhas de ar para fazer com que as partículas que são pequenas demais para passar pela flotação, de modo que elas se unam às bolhas e, assim, possam ser eliminadas do fluido.

  1. Decantação

Em uma estação de tratamento de efluentes ou mesmo de água, é comum ver vários tanques que armazenam o líquido a ser purificado.

O motivo por trás disso é o fato de que um dos procedimentos que podem ser usados nesse processo envolve deixar a mistura em repouso, de modo que as partículas sólidas se separem do fluido espontaneamente.

Esse processo é a decantação, muito usada para tratar resíduos industriais. Como o líquido fica por cima dos sólidos, a separação entre eles fica muito mais simples.

  1. Neutralização

Além das partículas sólidas, há outra preocupação ao se fazer o tratamento de efluentes: os produtos químicos que possam estar mesclados ao líquido, que, por sua vez, costumam ser produto de certos processos industriais.

Assim, para que o fluido possa ser reaproveitado ou ao menos devolvido à natureza, é preciso neutralizá-los, de modo que ele não afete a natureza nem as pessoas que tiverem contato com ele.

Para que isso aconteça, é preciso que seja feita uma análise dos químicos em questão, para, em seguida, encontrar um produto que seja capaz de neutralizá-lo.

Deste modo, ele é aplicado ao líquido, que, por sua vez, torna-se seguro e não oferece risco a nenhum ser vivo.

  1. Separação de óleos

Quem trabalha com saneamento basico sabe que nem todas as substâncias químicas exigem um processo complexo como a neutralização para que sejam removidas do líquido: em alguns casos, há a possibilidade de que ele seja retirado de um jeito mais simples.

Um excelente exemplo disso é a separação de óleos.

Nele, usa-se técnicas e equipamentos específicos, como separadores pensados especificamente para tal, para fazer com que os óleos presentes em determinado líquido se separem de forma espontânea.

Isso, por sua vez, acontece devido às diferenças nas características de cada material, como a densidade e a tendência natural que o óleo tem para flutuar sobre a água.

Há, ainda, uma opção mais sofisticada para se realizar esse processo: a eletrocoagulação.

Como o seu próprio nome diz, ela consiste em usar uma corrente elétrica para desestabilizar a mistura e fazer com que os contaminantes – como o óleo – se coagulem, facilitando a sua remoção.